Bolsas de Estudo Impulsionam Carreiras de Jovens Talentos em Ciência e Saúde no Brasil
Na busca por fortalecer a ciência no Brasil e apoiar jovens talentosos, o Instituto D’OR Ciência Pioneira (IDOR) está ofertando bolsas de estudo no valor de R$ 900 mensais a dez novos estudantes aprovados em universidades públicas. Este apoio financeiro se destina a cobrir despesas essenciais como acomodação, alimentação e deslocamento, com o objetivo de facilitar a dedicação dos estudantes ao longo de toda a graduação.
Os beneficiados por este generoso auxílio se destacaram como medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e conseguiram ingressar em cursos de graduação nas áreas da saúde e biológicas, incluindo medicina, bioquímica e enfermagem. Este projeto resulta de uma colaboração com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que organiza a OBMEP.
Roberta Marques, diretora executiva de filantropia do IDOR Ciência Pioneira, explica o propósito das bolsas: “A intenção da bolsa é possibilitar que o jovem tenha mais tranquilidade e tempo para dedicar aos estudos e a outros projetos focados na sua carreira acadêmica e profissional, como a iniciação científica e a pesquisa.”
Por sua vez, Jorge Vitório Pereira, diretor adjunto do IMPA e coordenador-geral da OBMEP, ressalta a importância do programa para o futuro acadêmico e profissional dos jovens: “A OBMEP sempre teve o compromisso de abrir portas para jovens talentos, aproximando-os da universidade e ampliando seus horizontes em todas as áreas do conhecimento. A parceria com o IDOR Ciência Pioneira amplia as oportunidades voltadas para carreiras médicas.”
A diversidade regional dos estudantes contemplados pela bolsa é notória: nove são estudantes de medicina e um de enfermagem, vindos de diversas partes do Brasil — sete do Nordeste, um do Sul, um do Centro-Oeste e um do Sudeste.
Um dos beneficiados, Luis Patrício Barros, 19 anos, maranhense e medalhista da OBMEP cinco vezes, conta como a bolsa tem sido fundamental no seu segundo ano de medicina na Universidade Federal de Goiás: “Meus pais trabalham na roça, e muito do que a gente plantava era para nossa alimentação. Passei a ter esses gastos com aluguel, alimentação e congressos. Também usei o dinheiro da bolsa para materiais e me auxiliar nos estudos.”
Patrício também destaca como a matemática o auxilia em seu curso atual: “Antes, se via uma questão difícil de matemática, ficava pensando até que, dois dias depois, resolvia. Hoje, quando vejo uma aula difícil, lembro disso e sei que, se estudar, vou conseguir.”
Para ter direito à bolsa, é necessário que o aluno tenha sido aprovado em uma universidade pública, tenha sido medalhista na OBMEP e possua renda familiar per capita de até 1,5 salário-mínimo. O apoio é revisado anualmente, condicionado ao desempenho acadêmico do estudante.
Instituto oferece bolsa de R$ 900 para medalhistas da OBMEP
Fonte: Agencia Brasil.
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