Em meio a debates acalorados, o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, defendeu as novas medidas fiscais do governo, particularmente a proposta de taxação de títulos até então isentos, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Durante uma entrevista no programa "Bom Dia, Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Teixeira argumentou que a taxação de 5% sobre esses títulos não afetaria a política de preços internos, dado que os principais usuários das LCA são exportadores.
As críticas ao aumento proposto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a subsequente necessidade de medidas compensatórias foram intensas, particularmente no Parlamento. Teixeira sugeriu uma solução polêmica: "O Parlamento quer as vantagens de emendas parlamentares sem os compromissos associados ao equilíbrio fiscal. Se abrirmos mão de parte das emendas, conseguiremos alcançar o equilíbrio necessário."
Além disso, foi explicada a medida provisória que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai enviar ao Congresso Nacional, que busca recalibrar a regulamentação do IOF e reduzir as alíquotas previamente aumentadas. Essa MP também introduzirá um tributo de 18% sobre o Gross Gaming Revenue de empresas de apostas, um aumento em relação aos atuais 12%, e trará a taxação dos títulos LCA e LCI.
A Frente Parlamentar Agropecuária, em resposta, expressou preocupações significativas com a MP, alegando que aumentos nos custos de crédito rural, especialmente para médios produtores e cooperativas, poderiam resultar em preços mais altos para os consumidores devido à alta dos juros e à queda nas commodities.
(Colaboração de Priscilla Mazenotti, da Rádio Nacional)
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Ministro rebate críticas a alternativas para elevação do IOF
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