NotíciasMeio AmbienteNova corrida do petróleo no Brasil eleva riscos ambientais

Nova corrida do petróleo no Brasil eleva riscos ambientais

Exploração intensiva e consequências: moradores e especialistas relatam impactos da indústria petrolífera no Brasil

Moradores de cidades brasileiras com alta exploração de petróleo enfrentam problemas significativos, como vazamentos e acidentes frequentes, além de substanciais emissões de gases de efeito estufa. A corrida do país na busca por novos locais para extração do combustível fóssil é criticada por especialistas, que alertam para uma demanda declinante nos próximos anos.

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Humberto Sales Almeida, pescador da comunidade Baía do Araçá, em São Sebastião, São Paulo, testemunhou mudanças drásticas em sua região. Onde antes havia pesca artesanal abundante, agora há restrições severas devido ao intenso tráfego de embarcações e regras de segurança. Um problema similar ocorreu em Caraguatatuba, onde Ladisla Crispim dos Santos, pescadora local, observou a redução significativa de pescado e mariscos após vazamentos de petróleo.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou um número recorde de 731 acidentes marítimos em um ano, o maior desde 2012. Ainda mais, a região sofreu com vazamentos de petróleo que causaram danos ambientais persistentes, destacados tanto pela indústria quanto por relatórios ambientais.

O cenário se estende ao norte do país, onde a ANP planeja leiloar áreas na bacia da Foz do Amazonas, mesmo com críticas sobre o processo de avaliação de viabilidade ambiental ainda em curso. Enquanto isso, a Petrobras busca atender às exigências para explorar blocos na região, argumentando que a produção na margem equatorial é estratégica para evitar futuras importações.

Especialistas e ambientalistas alertam, no entanto, sobre os custos socioambientais e questionam a sustentabilidade de continuar expandindo a exploração petrolífera, quando o foco poderia ser o fortalecimento das energias renováveis. Estudos indicam que o Brasil possui reservas de petróleo suficientes até 2040 se aderir aos acordos internacionais de redução de emissões, levantando questões sobre a necessidade de abrir novas fronteiras exploratórias.

Creditos das imagens: Tomaz Silva/Agência Brasil; Arquivo pessoal de Juliano Bueno de Araujo e Ricardo Fuji, fornecidos pela Agência Brasil.

Especialistas alertam para risco de novas frentes de petróleo no país

Agência Brasil

Meio Ambiente

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