Taxa de Desocupação no Brasil Registra Mínima Histórica em 2025
No terceiro trimestre de 2025, a taxa de desocupação no Brasil alcançou 5,6%, o menor índice desde 2012, mostrando um cenário de estabilidade em diversas regiões do país. Enquanto em dois estados houve queda nos índices de desocupação, a média nacional esconde disparidades significativas entre as Unidades da Federação. Os dados, divulgados pelo IBGE, revelam que Pernambuco, Amapá e Bahia apresentaram as taxas mais elevadas, superando 8%, enquanto Santa Catarina liderou como a região com menor registro, com apenas 2,3%.
A desagregação dos dados por gênero indica que a taxa é de 4,5% entre homens e 6,9% entre mulheres, refletindo uma desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho. Em termos étnicos, a média nacional de desocupação é de 4,4% para brancos, enquanto atinge 6,9% entre pretos e 6,3% entre pardos, mostrando uma diferença significativa.
Em relação ao nível de escolaridade, a taxa de desocupação foi mais elevada para pessoas com ensino médio incompleto (9,8%), enquanto aqueles com ensino superior completo registraram apenas 3%. O índice de subutilização da força de trabalho se estabeleceu em 13,9%, com Piauí liderando a taxa de subutilização (29,1%), enquanto Santa Catarina se destacou positivamente com 4,4%.
Além disso, um total de 1,2 milhão de pessoas havia buscado trabalho por dois anos ou mais, indicando uma queda de 17,8% em comparação ao 3º trimestre de 2024. O percentual de desalentados no país foi de 2,4%, com Maranhão apresentando a maior taxa (9,3%) e Santa Catarina a menor (0,3%).
O setor privado viu 74,4% de seus trabalhadores com carteira assinada, e a informalidade, que afeta 37,8% da população ocupada, é particularmente alta no Maranhão (57,0%). O rendimento médio real foi estimado em R$ 3.507, refletindo uma continuidade de crescimento nas regiões do Sul e Centro-Oeste, sendo que os maiores percentuais de empregados com carteira assinada estão registrados em Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Os dados expostos revelam a complexidade da dinâmica do mercado de trabalho brasileiro, destacando tanto avanços quanto desafios persistentes nas esferas de empregabilidade, desocupação, rendimento e condições de trabalho.
PNAD Contínua Trimestral: desocupação cai em 2 das 27 UFs no segundo trimestre de 2025

