Desigualdades na Educação de São Paulo são Destacadas em Novo Relatório
São Paulo, 17 de outubro – O mais recente Mapa da Desigualdade divulgado hoje pela Rede Nossa São Paulo revela consideráveis disparidades no acesso à educação na cidade de São Paulo. De acordo com Igor Pantoja, coordenador de relações institucionais da entidade, a situação da educação pública varia significativamente entre as regiões.
“Embora algumas áreas tenham acesso satisfatório à educação, em outras, principalmente na educação pública, os recursos são muito precários", afirmou Pantoja. São Paulo, com quase 12 milhões de habitantes e uma média de 150 mil residentes por distrito, mostra um panorama de desequilíbrio evidente.
A análise do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos anos finais do ensino fundamental público é preocupante. Em 45 dos 96 distritos da cidade, a nota média ficou abaixo de 5, considerada a média nacional dos estabelecimentos de ensino. Distritos como Ipiranga, Bela Vista e Vila Leopoldina registraram as piores médias, contrastando com Pinheiros e Aricanduva, onde os resultados foram relativamente melhores.
Além do Ideb, o levantamento da Rede Nossa São Paulo incluiu indicadores como tempo de espera para vaga em creche, matrículas no ensino básico em escolas públicas, distorção idade-série, abandono escolar, entre outros. Notavelmente, o Brás, com uma população considerável de migrantes, apresentou o maior tempo de espera por vaga em creche, reforçando os desafios enfrentados por regiões com alta vulnerabilidade social.
O estudo também revelou que a proporção de professores com alto grau de esforço, levando em conta fatores como carga horária e número de alunos por turma, varia consideravelmente, com distritos como Santo Amaro registrando percentuais preocupantes de 12,84%.
A prefeitura de São Paulo, por sua parte, destacou que está implementando medidas para reduzir as disparidades. Entre essas medidas estão a Gratificação por Local de Trabalho (GLT) e a Gratificação de Difícil Acesso (GDA), destinadas a professores que atuam em áreas de alta rotatividade ou de difícil acesso.
Adicionalmente, a cidade conta com os Centros Educacionais Unificados (CEUs), que são espaços multifuncionais voltados para educação, cultura, lazer e esportes, muitos localizados em regiões de alta vulnerabilidade, visando a promoção de uma educação mais integral e acessível.
Não foram divulgadas imagens relacionadas ao relatório neste comunicado.
Este mapa revela a complexidade e os desafios enfrentados pelo setor educacional em uma metrópole diversa e extensa como São Paulo, onde as disparidades regionais refletem inequidades profundas que demandam ações contínuas e focadas para serem efetivamente superadas.
Rede Nossa São Paulo aponta desigualdade na educação paulistana
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