Prognóstico da Safra Agropecuária de Grãos para 2026 Aponta Queda na Produção Nacional
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o primeiro prognóstico para a safra 2026, prevendo a produção de 332,7 milhões de toneladas de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas. Essa estimativa representa uma redução de 3,7% em relação a 2025, equivalente a 12,9 milhões de toneladas a menos. A canola e o gergelim foram incluídos na previsão, refletindo a crescente importância desses cultivos no cenário agrícola brasileiro.
No detalhamento das estimativas, a safra de 2025 alcançou 345,6 milhões de toneladas, um recorde histórico com aumento de 18,1% em comparação a 2024. A área colhida expandiu-se para 81,5 milhões de hectares, um crescimento de 3,1%. O arroz, o milho e a soja são as principais culturas, representando 92,6% da produção total.
Especificamente para 2026, o milho deverá passar por uma significativa queda de 9,3%, resultando em 128,4 milhões de toneladas. A produção de arroz e sorgo também deve apresentar declínios, de 6,5% e 11,6%, respectivamente. Em contraste, a soja tem previsão de aumento de 1,1%, totalizando 167,7 milhões de toneladas, indicando um novo recorde.
A distribuição regional das produções aponta para um crescimento no Paraná (2,4%) e no Rio Grande do Sul (22,6%), enquanto o Mato Grosso e Goiás enfrentam reduções de 9,8% e 7,8%. A área total para a safra de 2026 deve aumentar em 1,1%, com cerca de 81,5 milhões de hectares cultivados.
A estimativa detalha ainda as quedas aguardadas na produção de algodão, trigo e feijão, sendo que a produção do feijão continua suficiente para suprir o consumo interno, mesmo com uma redução de 1,3%. Assim, o panorama da safra de 2026 reflete um cenário misto de desafios e oportunidades dentro do setor agrícola brasileiro.
IBGE prevê safra de 332,7 milhões de toneladas para 2026, queda de 3,7% frente a 2025

