NotíciasEducaçãoUerj: Pesquisador defende monitoramento de ex-cotistas

Uerj: Pesquisador defende monitoramento de ex-cotistas

A criação de grupos de trabalho na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) para monitorar o progresso dos egressos das políticas de cotas é fundamental para avaliar sua eficácia, segundo o sociólogo Luiz Augusto Campos, especialista no tema e organizador do livro “Impacto das Cotas: Duas Décadas de Ação Afirmativa no Ensino Superior Brasileiro”.

Luiz Augusto Campos, também professor de sociologia e ciência política no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp-Uerj), destaca que a Lei de Cotas, mais do que um fim em si, serve como uma ferramenta para reduzir desigualdades no mercado de trabalho. Segundo ele, o sucesso desta política pública só pode ser medido através dos impactos que ela gera na vida profissional dos beneficiados pelas cotas, sendo assim fundamental o acompanhamento de suas trajetórias após a graduação.

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A Uerj, pioneira na adoção das cotas no Brasil desde 2003, é alvo de críticas pela necessidade de revisão no critério socioeconômico usado para o acesso à pós-graduação. Atualmente, o limite de renda bruta por pessoa na família é de R$ 2.277, um valor considerado baixo pelos críticos, dificultando o acesso aos cursos de mestrado e doutorado para cotistas.

Durante um encontro de egressos cotistas em novembro, mês da Consciência Negra, houve um apelo para que o corte socioeconômico fosse revisto para ampliar o acesso dos alunos pretos e pardos à pós-graduação. Notavelmente, dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) revelam uma disparidade significativa em titulações de mestrado e doutorado entre diferentes etnias no país.

A legislação que estabeleceu a programação das ações afirmativas na Uerj e definiu o corte socioeconômico, Lei 8.121 de 2018, está prevista para ser revista somente em 2028. Até lá, Campos defende que as universidades utilizem sua autonomia para revisar as restrições atuais nos editais de ingresso de mestrado e doutorado, considerando os riscos de judicialização desses processos e a importância de critérios mais flexíveis para inclusão socioeconômica.

(Nota: As informações contidas neste artigo baseiam-se em dados fornecidos pelo especialista Luiz Augusto Campos e não contêm imagens creditadas.)

Pesquisador da Uerj defende monitoramento da trajetória de ex-cotistas

Agência Brasil

Educação

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