NotíciasEconomiaDesvendando Modalidades de Trabalho: Informal a CLT

Desvendando Modalidades de Trabalho: Informal a CLT

O cenário trabalhista brasileiro abrange uma ampla gama de modalidades de ocupação, destacando-se não apenas aqueles em relações formais de emprego, mas também um grande contingente que opera de maneira autônoma ou informal. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esses trabalhadores, que não possuem vínculos empregatícios tradicionais, englobam profissionais liberais, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e trabalhadores informais.

O trabalhador por conta própria, essencialmente, não se subordina a um chefe e não possui funcionários, operando de maneira independente no mercado. Felipe Vella Pateo, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), esclarece que, diferentemente do empregado formal, o trabalhador autônomo pode optar por uma contribuição previdenciária reduzida e não está sujeito a encargos como o FGTS, mas possui também uma série de desvantagens, como a falta de acesso a benefícios trabalhistas e proteções como o seguro-desemprego e o próprio FGTS.

Neste contexto, também há os trabalhadores informais que estão em um estado de vulnerabilidade maior, operando sem qualquer registro ou formalização jurídica, não contribuindo para o INSS e, portanto, sem direito a aposentadoria ou outros benefícios previdenciários, conforme explica Viviann Brito Mattos, da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social do Ministério Público do Trabalho (MPT).

As diferentes configurações de trabalho têm implicações diretas na segurança social e econômica dos trabalhadores. Enquanto o trabalho formal oferece uma série de garantias e proteções, a informalidade proporciona uma maior flexibilidade e, em alguns casos, um ingresso mais fácil no mercado de trabalho, especialmente em tempos de crise econômica, mas a custo de uma maior precariedade e vulnerabilidade.

Os protestos recentemente realizados por movimentos como o Movimento Unidos dos Camelôs (MUCA) e o Movimento Nacional Trabalhadores Sem Direitos, relatados pela fotógrafa Tânia Rêgo da Agência Brasil, ilustram um clamor público crescente por uma maior regulamentação e proteção para os trabalhadores informais e autônomos, refletindo uma pressão social por mudanças estruturais no panorama trabalhista do Brasil.

(Fonte das imagens: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Entenda as diferenças entre trabalhador informal, MEI, autônomo e CLT

Agência Brasil

Economia

- Publicidade -spot_img

Últimas Postagens

Queda no diesel da Petrobras não é percebida pelo consumidor

Apesar de significativas reduções no preço do óleo diesel feitas pela Petrobras desde janeiro...

30% dos Adultos no Brasil Sofrem de Hipertensão Arterial

Dia Mundial da Hipertensão Alerta para Riscos da Doença Silenciosa No Dia Mundial da Hipertensão,...

Ednaldo Rodrigues recorre ao STF contra eleições da CBF

Em recente desdobramento na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o ex-presidente da entidade, Ednaldo...

“O Agente Secreto” de Kleber Mendonça concorre em Cannes

Brasil brilha em Cannes com 'O Agente Secreto' entre os indicados à Palma de...

Petro sugere greve geral na Colômbia após acusar Senado de fraude

Em uma ação sem precedentes, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, convocou uma mobilização...

Prazo Final para Cursinhos Populares Proporem ao MEC Hoje

Cursinhos populares e comunitários têm até esta sexta-feira (16), às 18h, para inscreverem suas...

Desemprego aumenta em 12 estados no Brasil no primeiro trimestre de 2025

Taxa de Desocupação no Brasil Atinge 7% no 1º Trimestre de 2025 No primeiro trimestre...

Fla vence LDU por 2-0 e caminha para oitavas na Libertadores

Flamengo Garante Vitória Importante na Copa Libertadores O Club de Regatas do Flamengo conquistou uma...

Haddad nega discussão sobre crédito extraordinário ao INSS

Crédito Extraordinário para Aposentados em Análise pelo Governo Em declaração feita nesta quinta-feira (15), em...
- Publicidade -spot_img