Crescimento Exponencial das Matrículas em Educação Profissional é Destaque no Censo Escolar 2024
O Censo Escolar 2024 revelou um aumento significativo no número de matrículas em cursos de educação profissional e tecnológica (EPT) no Brasil. Segundo os dados, houve um salto para 2,57 milhões de matrículas, mostrando um crescimento de mais de duas vezes em relação ao ano anterior.
Desse expressivo total, cerca de 1,57 milhão de estudantes estão matriculados em instituições públicas, evidenciando o papel fundamental do setor público na expansão da EPT. A proporção de estudantes do ensino médio regular que optaram por se inscrever em programas vocacionais, como cursos técnicos e de magistério, também cresceu consideravelmente, saltando de 12,5% em 2021 para 17,2% no último ano.
O Ministro da Educação, Camilo Santana, ao divulgar os resultados do Censo nesta quarta-feira (9), expressou a ambição do governo de elevar o patamar do Brasil ao dos países membros da OCDE. "Nosso desejo é colocar o Brasil nos patamares dos países da OCDE. É ousadia minha?", indagou Camilo.
Um dos destaques regionais mencionados no Censo foi o estado do Piauí, onde 52,4% dos estudantes do ensino médio regular estão envolvidos em programas vocacionais, indicando um forte investimento na educação profissionalizante.
Sobre a distribuição das matrículas, a maioria se concentra nas redes estaduais, com 74,3%, seguidas pelas federais com 21,4%, e municipais com 4,3%.
Metas Ambiciosas e Investimentos Robustos Direcionados à Educação Profissional
Em linha com o Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014 a 2025, o governo se propõe a alcançar 4,8 milhões de matrículas em cursos técnicos de nível médio. Para a educação de jovens e adultos, a meta é que pelo menos 25% das matrículas nos ensinos fundamental e médio sejam de forma integrada à educação profissional.
Como parte dos esforços para atingir essas metas, estão em curso planos para a implantação de 102 novos campi de institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia em todo o país, com investimentos previstos de R$ 2,5 bilhões. Essa expansão pretende criar 140 mil novas vagas, prioritariamente em cursos técnicos integrados ao ensino médio.
Além disso, o ministro anunciou o investimento adicional de R$ 1,4 bilhão para melhorias nos institutos federais existentes. Outra iniciativa governamental é o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que a partir de 2026 permitirá que parte dos juros das dívidas estaduais com a União seja revertida em matrículas de educação profissional técnica de nível médio.
"Com o Propag, priorizamos que os recursos que serão investidos pelos estados pactuados com o Ministério da Fazenda sejam para ampliar as matrículas do ensino técnico no ensino médio brasileiro", destacou Camilo Santana.
Essas medidas refletem o compromisso e os esforços continuados do governo federal em fortalecer e expandir a educação profissional como uma via estratégica para o desenvolvimento educacional e econômico do país.
Matrículas no ensino profissionalizante crescem em 2024
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