Ministério do Trabalho Atualiza Cadastro de Empregadores Envolvidos em Trabalho Análogo ao de Escravo
Brasília, 9 de março – O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta quarta-feira a lista de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecida popularmente como "lista suja do trabalho escravo". Nesta última atualização, 155 novos nomes foram adicionados ao cadastro, elevando o total para 745 empregadores.
Os principais setores econômicos envolvidos incluem a criação de bovinos, cultivo de café e serviços de trabalho doméstico, apontando para uma diversidade nas áreas onde ainda persistem práticas de exploração laboral severa no Brasil.
O MTE esclarece que a inclusão na lista ocorre após um processo administrativo detalhado, onde os empregadores citados têm pleno direito à defesa e à recorrência em duas instâncias administrativas. As investigações são iniciadas a partir de um auto de infração, que detalha as condições de trabalho constatadas pelos auditores-fiscais do trabalho.
Após o término do processo e sem mais possibilidade de recurso, o nome do empregador é incluído na lista, onde permanecerá por um período de dois anos. Após esse período, caso não haja reincidência ou pendências, o nome é automaticamente retirado. No último ajuste do cadastro, realizado na sexta-feira anterior, 4 de março, 120 nomes já haviam concluído esse ciclo e foram excluídos da lista.
A "lista suja" tem sido uma ferramenta crucial na transparência das ações de fiscalização do trabalho no Brasil, sendo atualizada semestralmente. A última atualização havia sido divulgada em outubro de 2024. A medida busca combater e coibir a incidência de situações degradantes de trabalho, configurando um avanço significativo na proteção dos direitos trabalhistas no ambiental nacional.
A lista completa dos empregadores pode ser acessada no site do Ministério do Trabalho e Emprego, incentivando, assim, a sociedade civil e os parceiros comerciais a verificarem e se manterem atualizados sobre as práticas trabalhistas das empresas com as quais interagem.
Visualize o cadastro atualizado diretamente no site do Ministério do Trabalho e Emprego.
Lista suja do trabalho escravo tem 155 empregadores
Economia