O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2023 comparado ao trimestre anterior, marcando um novo recorde na economia nacional. Esse crescimento sustenta uma tendência de incremento que se mantém há 14 trimestres, desde o final de 2021, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No detalhamento setorial, o desempenho notável da agropecuária foi um dos principais motores deste crescimento, com um avanço expressivo de 12,2%. Rebeca Palis, pesquisadora do IBGE, destaca que as condições climáticas favoráveis e o aumento das colheitas, especialmente de soja e milho, impulsionaram este setor. Já o segmento de serviços, que compreende cerca de 70% da economia, cresceu 0,3%, com a área de informação e comunicação aumentando 3%.
Por outro lado, a indústria apresentou uma leve retração de 0,1%, impactada pela queda na construção e na indústria da transformação. Esta retração é vista como um reflexo das altas taxas de juros, que afetam principalmente esses setores, segundo análise de Palis.
No que tange à demanda, todos os componentes mostraram crescimento, com destaque para o consumo das famílias e investimentos, que apresentaram aumentos significativos de 1% e 3,1%, respectivamente. A pesquisadora do IBGE aponta a melhoria no mercado de trabalho e os programas de transferência de renda como fatores que têm sustentado o consumo, apesar das dificuldades impostas pela política monetária restritiva e a inflação persistente.
Estas informações são essenciais para entender as forças que movem a economia brasileira neste momento de expansão contínua, conforme registrado pelo IBGE. Ao interpretar esses dados, os responsáveis pela política econômica podem melhor direcionar suas ações para sustentar o crescimento e enfrentar os desafios existentes.
PIB atinge patamar recorde pelo 14º trimestre seguido
Economia